Talvez tenha sido apenas um sonho. Um delírio. Uma vontade faminta.
E no agora, estou aqui, nessa estrada coberta de neblina, onde meus pés, por mais firme que os crave ao solo, parecem vacilantes. Mas eu sigo.
E sinto. Tocam em meu corpo pessoas que não me deixaram, e não me deixarão cair. Sinto braços em torno de minha cintura, mãos segurando as minhas, ambas, enquanto eu tremo, e uma luz bruxuleante se mostra ali.
Já consigo ver árvores bonitas que me farão sombra. E sei que não caminho ao encontro de ninguém.
O vento me soprou aos ouvidos que destino não é companhia, e Cia não deveria ser destino. O vento não me disse, mas finalmente entendo: talvez o destino importe pouco quando a estrada é mágica, e as cias encantadas.
Talvez eu jamais refaça os planos, e simplesmente siga - com o vento que susurra, a chuva que lava, o sol que ilumina, e a lua com seus mistérios. Olhando, tocando em frente, sendo tocada por esses outros caminhantes curiosos. Talvez, meu destino seja simplesmente a estrada, a travessia
Nenhum comentário:
Postar um comentário