Mas minhas mãos estão abertas, em oferenda, e também em súplica: divida-se comigo, mas também me ouça. Misture-se comigo, sem se perder, e entenda que o que eu penso é apenas isso: brisa pensante, nuvem que pode se desfazer em condições climáticas favoráveis.
Eu construí essa opiniões com solidez, mas posso destruí-las – se se provarem tolas – com a mesma avidez – sei que não posso aprisionar ninguém por trás de suas grades subjetivas: nem você, nem eu, nem pássaros, nem os frutos de nós.
Quero crescer com o que me trazes, e ver-te em movimento com o que tenho a te oferecer – sem amarras ou dominações – para cada vez mais distante da tirania.
Não quero ser sua, nem que sejas meu – e desejo em meu coração que aprendas a ser seu, e não cego seguidor dessa voz que insiste em sussurar aos seus ouvidos, e te oferece doces confortos em troca de sua vida livre. Espero que... em alguma parada dessa longa estrada entre a posse e a prisão e a anarquia... que você encontre sua voz, seus sonhos, e ouse seguir em frente, sem voltar àquela lustrosa e ‘aconchegante’ gaiola de ouro, onde seu peito foi rasgado, seus sonhos castrados, e você só canta para entreter quem te possui.
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